Em uma ação rápida, os bombeiros conseguiram controlar o incêndio. Ninguém ficou ferido durante o incidente
A chuva que caiu na cidade de Irati durante a terça-feira, 15, não impediu a ocorrência de um incêndio nas dependências do CT Willy Laars, no Bairro Rio Bonito. As chamas se espalharam rapidamente pelo barracão que era usado para armazenar lixo tecnológico e materiais inutilizados pela prefeitura de Irati, que fica ao lado do galpão onde são realizados os bailes durante o Rodeio de Integração. Em uma ação rápida, os bombeiros conseguiram controlar o incêndio. Ninguém ficou ferido durante o incidente.
Monitores de computador, televisores, lâmpadas fluorescentes, enfeites de natal e cadeiras de madeira foram alguns dos materiais recolhidos pela secretaria de Meio Ambiente e Ecologia, que estavam armazenados no depósito.
O lixo tecnológico é formado por equipamentos antigos constituídos por materiais não-biodegradáveis e altamente tóxicos.
Destinação do lixo tecnológico
De acordo com informações publicadas no site da prefeitura de Irati, desde 2009, a secretaria de Meio Ambiente e Ecologia tem estabelecido parcerias com empresas especializadas, que conseguem separar componentes tóxicos e reciclar certos materiais.
Em 2011, segundo números divulgados pela assessoria de imprensa da prefeitura, aproximadamente 28 toneladas de lixo tecnológico foram entregues para empresas especializadas na coleta deste tipo de material.
De acordo com levantamento feito pela equipe do Corpo de Bombeiros, um curto-circuito deve ter provocado o incêndio. “Felizmente isso não aconteceu de madrugada, pois o fogo se espalharia, demorariam mais para perceber o incêndio e provavelmente o fogo atingiria o barracão maior”, relatou o Comandante do Corpo de Bombeiros, Capitão Elcio Meira, em entrevista concedida à assessoria de imprensa da prefeitura.
Em função de possuir componentes tóxicos, o lixo eletrônico necessita de um local apropriado para o seu armazenamento. O secretário de Meio Ambiente e Ecologia, Gil Marcos de Araújo, comenta que o barracão não deveria ser usado como depósito deste tipo de material.
Logística reversa
Gil aponta que a logística reversa, processo que consiste na devolução de produtos ou embalagens nos pós- consumo para o fabricante seria uma das maneiras de solucionar o problema. A medida proposta pelo secretário foi à mesma citada à equipe da Najuá, quando procurado na semana passada para comentar as formas de destinação do lixo hospitalar.
“A legislação do Paraná não permite incinerar nem mesmo os resíduos de saúde. As diretrizes já existem, mas é necessário que ocorra uma cobrança da funcionalidade do plano de gerenciamento dos resíduos sólidos e de outros tipos de materiais, para que seja executado o processo de logística reversa”, comentou Gil. Baterias de celular e embalagens de agrotóxicos são dois tipos de produtos que já possuem legislações específicas que exigem o tratamento após seu uso.
Fiscalização intersetorial
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente deve iniciar nos próximos meses com a Vigilância Sanitária uma fiscalização intersetorial, que deve incluir: um funcionário de departamento tributário; um de obras; um do meio ambiente e um da vigilância sanitária.
Fonte: Rádio Najuá AM