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Incêndio atinge depósito de materiais de escritório do Banestes em Vitória

Espaço fica localizado no bairro Consolação. O Corpo de Bombeiros debelou o fogo

Foto: Chico Guedes

Um incêndio atingiu um depósito do Banestes no início da tarde deste sábado (16) no bairro Consolação, em Vitória. No local o banco guarda materiais de publicidade e móveis de escritório. O Corpo de Bombeiros enfrentou dificuldades para controlar as chamas, que chegaram a mais de cinco metros de altura no telhado do depósito. Foi preciso utilizar quatro viaturas de combate a incêndio e três carros-pipa da Prefeitura de Vitória.

Moradores conseguiram evitar algo pior. Eles retiraram, na força, quatro carros de dentro do galpão. Incêndio começou por volta das 11h40. Um vigilante do depósito percebeu que algo tinha começado a pegar fogo, quando estava na sala de videomonitoramento da empresa e então acionou o Corpo de Bombeiros. Ele teve dificuldades para sair do depósito, segundo a moradora Flaviana Costa, 18 anos, mas não ficou ferido.

“O vigilante estava muito preocupado andando de um lado a outro, tentando abrir o portão, mas estava emperrado. O Corpo Bombeiros conseguiu entrar no galpão e abri o portão. O vigilante conseguiu pegar a bolsa dele, mas mesmo assim ele continuou no local tentando ajudar. Foi desesperador”, conta a estudante.

Um caminhão de combate chegou ao local, mas não foi suficiente para controlar as chamas. Moradores da rua ajudavam jogando baldes de água e retirando os carros: duas kombis, um Fiat Doblô e um pequeno caminhão baú.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, o incêndio começou nos fundos do galpão, que tem 1,2 mil metros quatros. Alguns cômodos não chegaram a ser afetados pelos incêndio. Foi preciso mais de 20 mil litros de água para apagar o fogo.

Conforme as labaredas iam aumentando, os moradores do entorno se desesperavam. Ao menos seis famílias, que moram em um terreno ao lado com várias casas, saíram correndo com medo do fogo atingir também o local. Várias botijas de gás foram retiradas de dentro das residências.

Dona Laurinda, que mora ao lado do depósito, só teve tempo de pegar uma bolsa com documentos e alguns remédios. A aposentada Laurinda Maria de Melo, de 84 anos, contou que estava em casa sozinha quando foi avisada por vizinhos.

“Só deu tempo de pegar minha bolsa. Mas nem todos meus documentos estavam nela. E nem os do meu filho. Então eu voltei, mas eles nem deixaram eu entrar em casa. Nem o outro chinelo deu tempo de calçar. Mas o que importa é a nossa vida. E estamos bem”, contou.

A dona de casa Ângela Maria Conti, de 41 anos, contou que estava em casa com o filho de 9 anos quando um cunhado falou para ela sair de casa pois o depósito estava pegando fogo. Desesperada ela saiu correndo com a criança.

“Quando olhei pela a janela e vi o fogo e aquele fumaceiro, me desesperei. Peguei meu filho e saímos correndo”

Alguns moradores reclamaram da demora dos bombeiros e ainda do fato da água do primeiro carros ter acabado rapidamente. Eles temiam que o fogo se alastrasse pelas casas e para um depósito ao lado, de uma empresa de ar condicionado. O dono do imóvel esteve no local, mas não quis comentar sobre o assunto.

O major do Corpo de Bombeiros, Benício Ferrari Júnior, disse que existe grandes chances do incêndio se alastrar para imóveis próximos.”Uma das primeiras providências tomadas foi confinar o incêndio no galpão. Havia o risco dele se propagar para os imóveis vizinhos. O trabalho agora é de rescaldos, para evitar que pequenos focos se alastrem”, explica o major.

O major diz que não houve demora no atendimento e justificou a falta de água em um dos carros. “De acordo com o registro do Ciodes minutos seguintes quando a ocorrência chegou em 11 minutos a viatura estava no local para efetuar o combate. Um incêndio deste porte demanda uma quantidade de água para ser combatido. A viatura, que esteve no local, ela é ideal para combater este tipo de incidente. Ela tem 4,5 mil litros de água”.

Uma equipe de funcionários do Banestes esteve no local acompanhando o trabalho do Corpo de Bombeiros. A assessoria de imprensa do banco informou que toda assistência será dada às famílias que moram nas residências próximas. Alguns móveis e materiais de propaganda conseguiram ser recuperados. O banco ainda fará um levantamento para saber o que foi destruído e de quanto foi o prejuízo.

O depósito funciona no local há 10 anos e é alugado. Sete funcionários do Banestes trabalhavam no almoxarifado de segunda a sexta. O laudo do Corpo de Bombeiros com as causas do acidente deve sair nos próximos dias.

 

Fonte: A Gazeta