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Incêndio de grandes proporções atinge fábrica de produtos químicos na Baixada Fluminense

Bombeiros de sete quartéis foram acionados. Não houve feridos

Um incêndio de grandes proporções atingiu, entre o fim da noite desta quinta-feira e a madrugada de sexta-feira, a fábrica Sigma Aldrich, de produtos químicos, em Xerém, no município de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. No local, as chamas alcançaram vários metros e assustaram moradores da região. Para combater o fogo, foram necessárias equipes de sete quarteis do Corpo de Bombeiros —Duque de Caxias, Campos Elíseos, São João de Meriti, Nova Iguaçu, Caju, São Cristóvão e Irajá — além de homens da Defesa Civil de Duque de Caxias e do Grupamento de Operações com Produtos Perigosos. Ninguém ficou ferido. Por volta das 3h da manhã, o incêndio havia sido controlado, mas equipes dos bombeiros realizavam o trabalho de rescaldo. Ainda não há informação sobre o que teria provocado as chamas.

De acordo com moradores da região, a cena de quando o incêndio começou, por volta das 22h, eram impactantes. Segundo eles, aconteceram várias explosões e tremores no local. Houve correria e um princípio de tumulto. A altura do fogo era tão grande, que era possível enxergá-lo da Rodovia Washington Luiz e de bairros vizinhos.

Igor Sabino, de 22 anos, estava na porta da fábrica observando o desenrolar da situação. Feliz por não haver feridos, ele contou que o irmão, que é bombeiro, trabalha na fábrica; e, assim, que souberam do fato correram para lá.

— Chegamos cerca de 20 minutos depois que o fogo começou. O calor estava infernal. Ficamos atrás do poste e o meu irmão foi ajudar nos trabalhos lá na fábrica.

Dentro da fábrica, havia poucos funcionários e nenhum deles estava dentro do armazém onde são estocados os materiais inflamáveis como etanol, álcool etílico e acetona. De acordo com secretário da Defesa Civil do município Coronel Silva Costa, a preocupação é realizar uma varredura na área para, além de apagar o fogo, evitar mais vazamentos de produtos químicos.

— As equipes atuam identificando e fazendo a varredura no local, tanto nas áreas de incêndio como nas áreas de vazamento dos combustíveis e dos tanques que foram atingidos, porém não pegaram fogo. A perícia será feita num tempo oportuno, assim que extinguir todo o incêndio — explica ele, que disse não haver riscos para a comunidade com relação aos vazamentos. — Não há rio próximo, mas estamos fazendo a varredura pra ver se houve alguma canaleta que possa levar o combustível que vazou. Ainda não foi identificado nenhum risco pra a comunidade.

No local, a todo momento carros do corpo de bombeiros entram no local para dar conta da grande quantidade de chamas. Próximo aos portões de entrada da fábrica, homens da defesa civil coordenavam as ações. Perto dali estava também o diretor da empresa no Brasil Xavier Rodrigues disse que estava aliviado por não ter havido vítimas. De acordo com ele, ainda é difícil mensurar os prejuízos.

— Estamos deixando o bombeiros e as defesa civil trabalhar e ainda não tivemos acesso à área. Pelos relatos, nesse armazém de produtos líquidos e inflamáveis houve uma perda total. Uma vez tendo acesso, vamos poder quantificar os danos e ver o que precisa ser feito pra voltar ao trabalho — afirma.

A operação de rescaldo vai durar pelo menos 72 horas e só depois será realizada a perícia para apurar as causas do incêndio.

 

Fonte: O Globo