Um dos maiores incêndios registrados nos últimos tempos assustou os moradores de Catanduva no início da tarde de ontem.
O fato foi registrado por volta das 12 horas, quando moradores perceberam que uma empresa de distribuição de vários produtos, localizada na Avenida Silvério Marchesoni – bairro Tarraf, estava sendo tomada pelas chamas.
Os Bombeiros chegaram ao local, mas as chamas se alastraram rapidamente pela indústria, sendo responsável pela distribuição de produtos de várias empresas como chinelos, sapatos, pilhas, lâmpadas, talheres e utensílios, entre muitos outros.
Quem passou pelo local presenciou momentos assustadores, com algumas explosões e o fogo se alastrando cada vez mais. Os Bombeiros que estavam no local sentiam dificuldades de controlar as chamas, que invadiam as salas e os depósitos, aumentando cada vez mais as proporções.
O clima era de desespero e assustador. Muitos moradores saíram das residências próximas à empresa e estavam preocupados em perder suas casas, pois o vento espalhava as chamas.
Caminhões-pipas da Prefeitura de Catanduva e de usinas e o Corpo de Bombeiros de São José do Rio Preto também compareceram ao local para auxiliar no combate ao fogo, mas mesmo assim as explosões continuavam dentro da empresa.
Em poucos minutos centenas de pessoas tomaram conta do local, dentre elas funcionários, familiares e conhecidos de pessoas que trabalhavam no local. Nos primeiros minutos muitos estavam preocupadas e algumas pessoas choravam para saber notícias de trabalhadores que poderiam estar no local, mas a possibilidade de que não haja feridos e que todos os funcionários conseguiram sair do local ilesos trouxe um pouco de alívio aos presentes.
Em alguns pontos da cidade era possível ver a fumaça negra que saía da indústria, a qual foi aumentando a cada minuto.
O ponto mais preocupante foi quando as chamas atingiram certa altura e as janelas da indústria começaram a estourar. A Polícia Militar precisou evacuar cerca de um quarteirão próximo ao local do incêndio, pois havia o perigo das chamas se espalharem pelos estabelecimentos vizinhos.
Após cerca de quatro horas, o fogo ainda continuava se alastrando pela indústria e os Bombeiros precisaram quebrar parte da parede lateral para atingirem o interior da empresa.
SEM FIM…
Após mais de cinco horas os Bombeiros ainda tentavam controlar as chamas e a fumaça invadiu as casas e moradores da Rua Bertoni El Torri Nose precisaram sair das residências. Muitos também utilizavam máscaras para não serem intoxicados pelo forte odor da fumaça.
POPULAÇÃO
Karina Gimenez Veloso mora em frente à fábrica e precisou ficar algumas horas fora de casa.
“Escutamos o barulho do Corpo de Bombeiros, fui para o fundo da minha casa e vi a fumaça, quando fui ver já estava tudo tomado com o fogo intenso. Todo mundo ficou desesperado. Nunca vi uma coisa dessa e minha filha chorou muito, pois ficamos muito preocupados”.
Rosevânia Coutorato mora próximo ao local e também precisou sair da residência. “Sentimos um cheiro de borracha queimada, trancamos a casa rapidamente e presenciamos os vidros estourando. Ficamos com muito medo do fogo atingir nossa casa, pois estava muito perto”.
A EMPRESA
A indústria foi instalada em Catanduva há cerca de 20 anos e faz a distribuição dos produtos em mais de 200 cidades do Estado de São Paulo.
Segundo algumas pessoas que estavam no local, a empresa conta com cerca de 300 funcionários e nenhum ficou ferido. Além disso, também possuía seguro contra incêndios.
A reportagem tentou contato com os proprietários, os quais não foram localizados para comentar sobre o assunto.
O Regional recebe 20 ligações após início de incêndio
MO incêndio ocorrido ontem na PanaPilhas movimentou Catanduva. De vários cantos da cidade as pessoas comentavam a nuvem cinza que subiu e escureceu parte do céu. Várias pessoas registraram o momento com suas máquinas fotográficas.
Logo após o início do acidente, O Regional recebeu 20 ligações. O bom e velho jornalismo mostrou sua cara e a agilidade do jornal mostrou que a prestação de serviços é solidária.
Jornalistas que passaram pela redação de O Regional ligaram, informando sobre o incêndio. Assinantes do matutino ligaram. Leitores ligaram. Jornalistas da equipe de O Regional receberam ligações em seus celulares. “O jornalismo pulsa na veia do catanduvense. Isso ajuda na cobertura da matéria”, destacou Carla Muller, repórter que cobre Polícia no matutino.
“Fui buscar comida em um restaurante por quilo. Quando estacionei o carro vi as pessoas olhando para o céu. Quando virei observei uma enorme fumaça cinza. Logo pensei: a coisa foi feia”, disse o comerciante Frank Frigério.
A vendedora Silvia Aparecia Castro, moradora do Tarraf, chegou a ligar para sua residência. “Minha filha de 4 anos fica em casa com minha mãe. No momento da fumaça fiquei preocupada e liguei em casa. Não pensei que o fogo seria da minha casa, mas liguei e pedi para minha mãe não se aproximar do acidente”, falou à reportagem.
O motoboy Anderson Mota viu a fumaça e foi ao local de curioso. “Vou lá ver o que está acontecendo”, disse o rapaz, que deixou a rua Brasil e seguiu ao Tarraf. Ele afirmou que iria fotografar com seu celular.
A imprensa da região também acionou O Regional, buscando informações no matutino. Veículos de comunicação de São José Rio Preto e Novo Horizonte ligaram, solicitando imagens do incêndio e detalhes do acidente.
Uma hora após o início do incêndio, várias fotos foram publicadas na internet, nas redes sociais de usuários catanduvenses. O Facebook foi uma das mídias mais usadas pelos internautas de Catanduva.
Fonte: O Regional