Fogo começou às 20h e só foi controlado três horas depois. Um dos proprietários acredita ter perdido 80% do estoque.
Um incêndio destruiu parte de uma fábrica de roupas na noite dessa segunda-feira (22) em Araújos, no Centro-Oeste do estado. Segundo o Corpo de Bombeiros, o incêndio começou às 20h, uma hora após os funcionários encerrarem o expediente, e só foi controlado três horas depois. “O material dificultou bastante o combate, muito papelão muito tecido, o que prolongou o trabalho”, disse o tenente Mateus Cunha.
A suspeita é de que as chamas tenham começado por causa de um curto-circuito no local. “O incêndio pode ter começado por um curto-circuito. Nossa primeira preocupação ao chegarmos foi verificar se o fogo oferecia risco às residências vizinhas da fábrica. Controlamos a parte das labaredas nas janelas antes de entrarmos”, explicou o tenente.
Ainda segundo os bombeiros, foram gastos mais de 13 mil litros de água para conter as chamas. Na cidade não há guarnições de combate a incêndios, por isso, equipes tiveram que se deslocar de outras cidades. “Usamos dois caminhões para esse combate e duas guarnições do Corpo de Bombeiros, uma de Nova Serrana e outra de Divinópolis”, disse o tenente.
Segundo o empresário Danilo Cardoso, o fogo começou do telhado da fábrica e, em seguida, em pouco menos de cinco minutos, tomou todo o estabelecimento. “Eu estava em casa quando vi as chamas do alto do telhado. Como eu presto alguns serviços para essa fábrica, logo tomei a iniciativa de entrar e tentar salvar alguma coisa. Consegui entrar muito rápido e peguei alguns documentos que já sabia onde ficavam. Consegui salvar, inclusive, o servidor onde ficam todos os dados financeiros da loja”, comentou.
A Polícia Militar (PM) foi acionada logo depois que as chamas começaram e todo o local foi isolado para evitar que mais pessoas tentassem entrar na fábrica. “Isolamos todo o local, pois as chamas e a fumaça estavam muito altas, então não havia como ninguém entrar para tentar salvar mais nada. Em seguida, aguardamos a chegada do Corpo de Bombeiros”, disse o cabo da Polícia Militar, Wagner Rodrigues Vieira.
Cerca de 120 funcionários trabalham no local. A fábrica produz, em média, 30 mil peças de roupas por mês. Um dos proprietários, Henrrique Alonso de Aquino Silva, não soube informar quantas peças foram destruídas, mas acredita que tenha perdido a maior parte do que tinha guardado. Algumas já estavam prontas para o Natal. “Ainda é cedo para precisarmos, mas acredito que perdemos 80% do que tínhamos estocado”, disse.
Ainda de acordo com o tenente dos Bombeiros, Mateus Cunha, somente um laudo técnico irá apontar se a estrutura da fábrica foi abalada.
Fonte: G1