O fogo destruiu parte de um supermercado na manhã desta quinta-feira (17), no bairro Aribiri, em Vila Velha. O incêndio pode ter sido criminoso e um suspeito foi preso.
Para o proprietário, são dez anos de trabalho transformados em cinzas. “São muitos anos que a gente vem lutando para chegar a esse ponto. Ainda mais mercado pequeno de bairro e ver tudo destruído de repente não é brincadeira não. Estou bastante abalado”, disse o comerciante João Carlos Mariano.
As chamas destruíram o encanamento e até uma antena de televisão. Uma área de depósito que tinha 220 caixas plásticas e de madeira também foi atingida, assim como a casa de máquinas. O dono do estabelecimento estima que o prejuízo tenha ultrapassado os R$ 100 mil.
Além de todo esse prejuízo, o carro de um vizinho do dono do supermercado, que costumava ficar guardado no estabelecimento foi destruído. De acordo com o Corpo de Bombeiros, os estragos poderiam ter sido ainda maiores.
“Se o incêndio não tivesse sido deliberado antes, possivelmente teria passado para o interior do supermercado através da janela, que já estava começando a propagar gases aquecidos. As pessoas acham que é só fumaça, mas a fumaça transporta material parcialmente queimado e grande quantidade de calor. Esse calor poderia ter provocado a ignição dos materiais de dentro do supermercado”, explicou o major Andrison Cosme.
O major suspeita que o incêndio tenha sido criminoso. “Houve mais de um foco e esses focos tiveram origem em locais onde não havia pontos de ignição natural, como uma instalação elétrica por exemplo. Então, se não havia uma fonte de ignição natural, possivelmente, essa fonte foi provocada por uma pessoa”, disse Cosme.
A polícia prendeu um suspeito. Gildevan Honorato de Oliveira vai voltar para a cadeia dois dias depois de deixar a prisão por furto. Na delegacia o homem não falou coisa com coisa e fez versos com o próprio nome. “Gildevan Honorato de Oliveira: amado das meninas e querido das solteiras. É um verso de poesia. Eu encontrei essa poesia no meu nome por causa dos dois sobrenomes. É como os versos, versículos e capítulos das histórias reais”, disse o suspeito.
Diante da polícia, o suspeito agiu de outra maneira. “O interrogatório dele foi perfeitamente normal. Ele respondeu a tudo que foi questionado. No entanto, ele negou a autoria o fato. Disse que estava passando pelo local no momento do incêndio, foi abordado e está sendo acusado”, contou o delegado Paulo Ricardo Cassaro
Fonte: Folha Vitória