O fogo e a fumaça em um show de rock mataram 100 jovens em uma boate americana em 2003. Depois disso, novas regras foram adotadas
O incêndio na boate brasileira lembrou outro, o pior da história, há nove anos, que motivou mudanças nas casas noturnas dos Estados Unidos.
Na rede americana CNN, a cobertura sobre o incêndio em Santa Maria foi ao vivo durante todo o dia. Nos sites do ‘New York Times’, do ‘Wall Street Journal’ e do ‘Washington Post’, as notícias eram atualizadas a todo instante.
Repercussão também nas mídias sociais. A cantora Lady Gaga mandou mensagem aos seus 33 milhões de seguidores em uma rede social: “Meu coração está com o Brasil”.
Os governos do Chile, México e Canadá enviaram condolências. A Fifa e o Comitê Olímpico Internacional também se solidarizaram com o povo brasileiro.
Nos Estados Unidos, a tragédia trouxe de volta o trauma de um incêndio semelhante, ocorrido há 10 anos. Em fevereiro de 2003, o fogo e a fumaça causados pelo uso de sinalizadores em um show de rock mataram 100 jovens em uma boate no estado de Rhode Island.
Depois disso, novas regras foram adotadas em casas noturnas. Boates para mais de 250 pessoas devem ter funcionários treinados para emergências; é necessária a instalação de sprinklers, onde houver público de mais 100 pessoas.
Ficou proibido o uso de sinalizadores que provoquem faíscas; o isolamento acústico não pode ser inflamável ou tóxico; é preciso ter pelo menos três saídas de emergência, bem sinalizadas, em boates com capacidade para entre 500 e mil pessoas.
Pelo número de vítimas, o incêndio em Santa Maria é agora o terceiro maior, no mundo, em casas noturnas. Em 1942, 492 pessoas morreram em Boston, Estados Unidos. Em 2004, na Argentina, outra tragédia: 194 mortos.
Fonte: G1