Incêndio em uma sala de aula matou 12 crianças em junho de 2000. Local passou por adequações e salas passaram a ter extintores
No dia 20 de junho de 2000, um problema na instalação elétrica dos aquecedores provocou um incêndio em uma das salas de aula da creche Casinha da Emília, em Uruguaiana, na Região da Fronteira do Rio Grande do Sul, matando 12 crianças entre 2 e 3 anos. Treze anos depois, o prédio está bem diferente, passou por reformas e foi ampliado, como mostra a reportagem do RBS Notícias (veja o vídeo).
Foram feitas adequações nas saídas de emergência e na sinalização. As salas passaram a ter extintores de incêndio e o local onde estavam as crianças virou espaço para recreação.
“Nós temos 250 crianças, todos os profissionais da escola são concursados. Estão na área da pedagogia. São 40 profissionais”, disse a vice-diretora Salete Nogueira Flores.
Segundo o Corpo de Bombeiros de Uruguaiana, na época da tragédia a creche tinha sido notificada. O local havia recebido um prazo de dois anos para as adequações.
Agora, o prazo foi reduzido para 30 dias. Outra mudança é em relação aos alvarás dos bombeiros e da prefeitura, que depois da tragédia passou a ser integrado.
“De uma forma independente, o bombeiro tem que sair às ruas, nos bairros, a procurar os locais que não estão adequados à legislação, que não tem Plano de Proteção contra Incêndio. De forma integrada não. Nós temos conhecimento dos prédios novos, do comércio e, assim, a fiscalização é mais ampla e mais eficiente”, disse o Tenente Valdinei Rosa, Comandante do Corpo de Bombeiros.
A tragédia mudou regras importantes na escola. Hoje as crianças não ficam mais sozinhas na sala de aula. A secretária Andreia Almeida, que mora próximo à creche e acompanhou de perto todo o drama das famílias, sente-se segura ao deixar a filha no local.
“Hoje em dia é muito diferente da época do acidente. As tias mudaram. São 2 a 3 professoras por turma. Minha filha tá lá desde o berçário e é totalmente seguro”, afirma a mãe.
Segundo os bombeiros, todas as escolas municipais da cidade estão dentro das normas de segurança.
Fonte: G1