SÃO PAULO (Reuters) – O incêndio de grandes proporções que atingiu a usina da Usiminas em Cubatão, na Baixada Santista, no último final de semana, obrigou a empresa a reduzir produção do alto-forno 2, informou o sindicato de metalúrgicos local nesta segunda-feira.
O incêndio ocorrido entre a noite de sexta-feira e a madrugada do sábado causou o desabamento de uma chaminé do alto-forno, de vários metros de altura, e precisou de apoio de cerca de uma dezena de viaturas dos Bombeiros de Cubatão, Santos e São Vicente para ser combatido.
Segundo o presidente do Sindicato de Metalúrgicos e Siderúrgicos de Santos e Região, Florêncio Rezende de Sá, o alto-forno “está trabalhando agora com produção reduzida em pelo menos 50 por cento, só para manter o equipamento funcionando, porque se isso não acontecer o prejuízo é maior”.
Porém, a Usiminas informou, em nota, que o alto-forno 2 da usina de Cubatão já opera a 100 por cento. Segundo a empresa, o incêndio na chaminé do equipamento deixou o alto-forno parado por apenas três horas. A empresa segue apurando as causas do incidente. O incêndio durou cerca de cinco horas.
Questionado sobre a informação da Usiminas, o presidente do sindicato afirmou que “não há a mínima possibilidade de a produção do forno estar à plena capacidade”.
No sábado, a empresa informou por meio de nota que o alto-forno 2 tinha voltado a operar e que a área afetada foi preservada para a apuração das causas do incêndio.
Segundo Sá, o incêndio deste fim de semana é o terceiro incidente semelhante ocorrido na unidade este ano. Os dois anteriores ocorreram em abril, mas sem a gravidade do último.
O dirigente comentou que, caso a produção do forno fosse totalmente interrompida, seriam necessários pelo menos 40 dias para religar o equipamento, que trabalha a altíssimas temperaturas. Na avaliação dele, poderiam ser necessários entre uma semana e quinze dias para retomar a produção normal do equipamento, que passou por reforma há cerca de sete anos.
“A nova direção da Usiminas tem como objetivo produzir na capacidade máxima, mas achamos que não tem condições”, disse Sá, cujo sindicato reúne-se com a empresa na próxima quarta-feira para discutir o incidente e a campanha salarial de 2012, em que a categoria reivindica reajuste de 16,21 por cento.
Fonte: Veja.com