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RJ: Cidade do Samba pega fogo e alguns barracões são destruídos

A um mês do carnaval, o local que reúne barracões de escolas de samba do Grupo Especial do Rio de Janeiro amanheceu em chamas. O da Grande Rio, a escola vice-campeã do carnaval do ano passado, foi destruído.

A coluna de fumaça, de 500 metros de altura, é vista de longe e dá a dimensão do incêndio na Cidade do Samba. Às 7h30, o desespero toma conta de quem trabalhou muito na preparação do carnaval. “Só dor, só sentimento de muita dor”, resumiu um homem.

Somente a perícia vai esclarecer onde o fogo começou. As chamas se espalharam pelos andares mais altos de quatro barracões. Além do galpão da Liga das Escolas de Samba, destruíram carros alegóricos e fantasias de três escolas: União da Ilha, Portela e Grande Rio.
Cento e vinte bombeiros de dez quartéis lutaram contra as labaredas durante quatro horas.

O aderecista da Grande Rio Simon Garcia pulou de uma altura de quatro andares para se salvar. “Eu caí em cima do carro alegórico, só assim, porque não tinha como nem descer escada mais”.

Grandes incêndios marcaram a história do carnaval carioca. Acidentes que deveriam ter ficado no passado, depois da inauguração da Cidade do Samba, em 2006. São 14 galpões. Os que foram atingidos representam quase 30% da área construída.

O prejuízo no barracão da Grande Rio foi total. Oito carros alegóricos que estavam em fase final de acabamentos foram destruídos. No alto do prédio, o teto e parte da fachada desabaram. No último andar, foram queimadas três mil fantasias que estavam prontas para o desfile.

Tristeza no rosto da porta bandeira. “Tudo queimou pensei que isso aqui fosse mais seguro do que aquele barracão velho”.

As escolas Grande Rio, Portela e União da Ilha foram as que sofreram com as chamas. O prejuízo no barracão da Grande Rio foi total.

As escolas Grande Rio, Portela e União da Ilha foram as que sofreram com as chamas. O prejuízo no barracão da Grande Rio foi total.

Lágrimas da rainha de bateria. “É o trabalho de toda uma comunidade pro chão de uma hora pra outra”.

Os andares superiores dos galpões atingidos pelo fogo serão demolidos. Funcionários denunciaram falhas no sistema de combate a incêndios.

“Só tem extintores pequenos, mas os sprinklers que ficam em cima não funcionam”.

“O sistema funcionou. O problema é que a quantidade de material inflamável é muito grande”.

O comandante dos bombeiros suspeita de falha humana. “As pessoas viram 24 horas cansadas. E alguém que negligencia, usou de negligência fumando ou esquentando uma comida de forma e em local errado propiciou o princípio de incêndio e daí essa propagação tremenda tendo em vista o material de fácil combustão que aqui tinha”.

Apesar dos prejuízos, os sambistas se uniram numa prece para um agradecimento já que ninguém perdeu a vida neste incêndio.

Fonte: Jornal Nacional